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Drama, reviravolta e redenção: o Náutico volta à Série B com gol nos acréscimos

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Em uma noite de muitas tensões, o Náutico selou seu retorno à Série B do Campeonato Brasileiro após três temporadas seguidas na Série C, em partida marcada por emoção até os últimos instantes. Nos Aflitos, o time alvirrubro venceu o Brusque por 2 a 1, gol de pênalti de Paulo Sérgio aos 41 minutos do segundo tempo, garantindo a tão sonhada vaga para 2026.

Quando o relógio quase expirava, o Náutico dependia não só de si, mas também de outros resultados. A vitória contra o Brusque, aliada ao triunfo da Ponte Preta sobre o Guarani, favoreceu o Timbu que saltou para segundo lugar no grupo do quadrangular final e ficou com uma das vagas de acesso.

Paulo Sérgio, experiente atacante de 36 anos, foi o herói da noite. Ele já havia sido decisivo em outros momentos da campanha, inclusive com o gol que empatou o Náutico contra o Guarani em Campinas, partida que manteve as esperanças vivas.

O técnico Hélio dos Anjos, que retornou ao clube, assumiu a equipe na 2ª rodada da primeira fase da Série C e conduziu uma trajetória de altos e baixos. Ele sofreu críticas, enfrentou lesões no elenco, tropeços, mas foi capaz de recobrar o desempenho do time nos momentos decisivos. “Fui contratado pra isso”, disse após o apito final, reconhecendo os desafios enfrentados.

Para o Náutico, o acesso não é apenas uma ascensão de divisão: é a superação de um período difícil. Três anos na Terceirona representaram o maior tempo consecutivo do clube fora das divisões superiores — algo que exigiu resistência emocional, ajustes administrativos e esforço coletivo.

E a torcida esteve presente de corpo e alma. Nos Aflitos, houve invasão de campo ao término do jogo, celebrações intensas e alívio visível. A arquibancada foi palco de choro, festa, bandeiras e muita vibração, como se o clube recobrasse sua autoestima perdida.

Com o acesso garantido, o Náutico enxerga perspectivas mais seguras, tanto no futebol quanto nos bastidores. A volta à Série B traz maior visibilidade, potencial para melhores contratos, maior receita e possibilidade de investimentos. Porém, também implica desafios: reforços para competir em nível superior, amadurecimento institucional — entre eles a discussão da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) — e gestão afinada para não repetir erros do passado.

O destino foi decidido no apito final, mas o resultado só se consolidou graças a uma mistura de esperança, garra e entrega. O Náutico, enfim, voltou a respirar Série B — e com a promessa de que esse retorno seja duradouro.

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