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RELIGIÃO

Cardeal americano Robert Prevost vem de um país de maioria evangélica

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Cidade do Vaticano e Washington D.C. – Em um desenvolvimento histórico que repercute fortemente nos Estados Unidos, um país com uma significativa maioria protestante evangélica, o Cardeal Robert Francis Prevost, dos Estados Unidos, foi eleito o 267º Papa da Igreja Católica, escolhendo o nome pontifício de Leão XIV.

A eleição, ocorrida nesta quinta-feira, marca a primeira vez que um cidadão norte-americano ascende ao mais alto cargo da hierarquia católica. A escolha de Prevost, natural de Chicago, Illinois, é vista como um momento de profunda importância para a Igreja Católica nos EUA.

Embora o catolicismo seja a maior denominação individual no país, os protestantes, particularmente os evangélicos, representam uma fatia maior da população religiosa americana, cerca de 40% contra 19% de Católicos, e historicamente moldaram grande parte do panorama religioso e cultural da nação.

Ter um compatriota como líder global da Igreja Católica oferece uma nova perspectiva e um potencial ponto de conexão em um cenário religioso diversificado. Cardeal Prevost, de 69 anos, traz para o papado uma vasta experiência pastoral e administrativa.

Antes de sua eleição, ele serviu como Prefeito do Dicastério para os Bispos no Vaticano, um cargo de grande influência na nomeação de bispos ao redor do mundo. Sua trajetória inclui também um longo período de serviço no Peru, onde atuou como missionário e bispo, o que lhe confere uma perspectiva global e uma familiaridade com a Igreja na América Latina.

Analistas observam que a nacionalidade do novo pontífice pode influenciar a dinâmica entre a Santa Sé e os Estados Unidos, potencialmente abrindo novos canais de diálogo e compreensão. No entanto, os desafios de liderar uma igreja global em um mundo cada vez mais secularizado e com diferentes realidades regionais permanecem imensos.

A eleição de um Papa americano, neste momento, é particularmente notável dado o complexo tecido religioso dos Estados Unidos, onde as questões de fé frequentemente se entrelaçam com a política e a cultura de maneiras únicas.

A resposta da comunidade evangélica dos EUA à notícia tem sido variada, com alguns expressando respeito pelo cargo e pela pessoa do novo Papa, enquanto outros mantêm suas diferenças teológicas. O Papa Leão XIV assume o comando da Igreja Católica em um período que exige liderança firme e sensibilidade pastoral.

Seu passado missionário no Peru e sua experiência na Cúria Romana o equipam com um conhecimento diversificado dos desafios enfrentados pela Igreja em diferentes partes do mundo. A expectativa agora gira em torno de como o pontificado de Leão XIV se desenvolverá e como sua origem americana influenciará suas prioridades e sua abordagem às questões globais e aos desafios específicos enfrentados pela Igreja nos Estados Unidos, um país onde a fé é vibrante, mas diversificada e em constante evolução.

A ascensão de um americano ao Trono de Pedro é, sem dúvida, um capítulo significativo na história da Igreja e um evento a ser observado de perto tanto por católicos quanto por não católicos nos Estados Unidos e ao redor do globo.

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