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EDUCAÇÃO

Vereadores foram à Rádio Papacaça esclarecer dúvidas sobre reajuste e piso dos professores

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Os vereadores Zé Cabeleireiro, Jamelão e Vilma da Prata estiveram na última terça-feira (28/03) na Rádio Papacaça da cidade de Bom Conselho para esclarecer algumas dúvidas da população, principalmente sobre a votação na Câmara do reajuste dos servidores e do piso nacional dos professores.

A entrevista iniciou-se com a pergunta do jornalista Patrick Oliveira sobre a aprovação de um projeto bastante polêmico que concedeu reajuste ao servidores do município. A vereadora Vilma respondendo a pergunta explicando: “os que fazem parte da base de oposição ao governo aprovam e apoiam todas as ações em favor da população, pois dentro da Câmara não existe partido ou cor de bandeira, apenas os que defendem o povo, principalmente os mais carentes.

Informou ainda que o reajuste dos servidores era uma luta que vinham travando, cobrando por meios de documentos aprovados no Poder Legislativo, e até pedidos de interferência no Ministério Público. “Acontece, que fomos surpreendidos com a apresentação do PL na última sessão que foi realizada na última quinta-feira, (23/03/23), e só tivemos acesso no momento da leitura, assim como, um requerimento da vereadora Lucineide Martins que solicitava a votação naquele momento.

A oposição apresentou resistência por duas razões, na casa há uma determinação que matéria de autoria dos vereadores precisam ser protocoladas 48 horas antes das sessões e os projetos seguem todo um ritual de critérios de acordo com o Regimento, além do que, o projeto apesar de sua relevância, trazia incluído também os agentes e os professores, categorias regidas por lei específicas e o PL vinha trazendo contradições em três dos seus artigos.

Os vereadores pediram vista, direito garantido no Regimento e foi negado pela presidência da Casa. Os vereadores da base se reuniram sem a presença dos demais e em menos nos de 10 minutos analisaram o projeto e deram seus pareceres, digitaram e imprimiram, tudo isso como se fosse um rolo compressor, desconsiderando os demais parlamentares.

A presidente colocou em votação e os vereadores da oposição não concordando, se retirando do plenário, antes da votação e do final da sessão, considerando que houve falta de respeito, autoritarismo e imparcialidade por parte dos colegas ao direito inerente dos vereadores que precisam analisar os projetos pra terem conhecimento, e se necessário fazer alterações.

A Presidente falou na tribuna que os vereadores gravaram um vídeo e jogaram nas redes sociais com inverdades e ofensas. Os vereadores da oposição disseram que sua atitude de deixar o plenário é mais um grito de combate a essa velha prática de política que vem se arrastando a muitos anos, conduzida por coronéis com tratamentos diferenciados, desprezando os princípios da legalidade, igualdade, independência e imparcialidade.

Quando o vereador é impedido de exercer seu papel em plenitude, a população perde e a democracia enfraquece”, disse ainda Vilma da Prata.

Sobre o piso dos professores a parlamentar acrescentou: “o município vai pagar o reajuste de 14,98% não linear, como fez no ano passado e nos outros anos, metade agora com efeito retroativos aos três meses e a outra metade no mês de junho sem retroativos. Dessa forma, já trás um déficit que torna o reajuste menor do que o determinado, além de não ser, como já falado, linear.

O município vai pagar o valor mínimo de uma hora aula a R$ 14,18 que multiplicado por 200 horas aulas vai dar apenas R$ 2.690,00. Para o município pagar o piso ele teria que repassar o valor mínimo de uma aula, ou seja, R$ 22,10 que corresponde o piso determinado de R$ 4.420,00.

Observando a tabela, o município está pagando muito inferior. O professor com magistério, iniciante com 200 horas vai receber apenas R$ 14,18, que dá um valor bem abaixo do piso, R$ 2.690,00. Como pode dizer que vai pagar o piso se o valor da aula não corresponde o valor do piso determinado?

Para base de cálculo todos podem consultar a tabela, pois o Município vai pagar menos do que o piso, R$ 1.730,00, esse déficit ainda é maior para os professores mais antigos. Lembrando ainda que esse valor é o que está no papel, mas sabemos que a maioria dos professores foram contratados como auxiliares com um salário de apenas R$1.400,00, finalizou Vilma da Prata.

Os vereadores Jamelão e Zé Cabeleireiro também usaram a palavra para fazer algumas críticas e cobranças à gestão municipal, principalmente na questão de infraestrutura e estradas, que segundo eles, a população vem sofrendo bastante com isso.

Os parlamentares falaram ainda sobre o abandono que se encontra o município. Apesar de Saloá ser uma terra rica com grandes potencialidades, terras produtivas e turismo, a exemplo da Serrinha da Prata com destaque na cultura, costura, artesanato, a cidade vem sofrendo com o desgoverno, sendo uma das mais pobres do Estado, perdendo parte do território, população e recursos, fazendo com que os jovens saiam em busca de oportunidades.

Zé e Jamelão destacaram ainda que falta, estradas, remédios, os professores reclamando de falta de condições de trabalho, impressoras, material escolar e etc. Falta de apoio suficiente para crianças com necessidades especiais, turmas com números acima do normal.

A precariedade da PE que liga o Posto da Serra a cidade, perímetro de grande relevância, acesso principal da cidade ao Sundown Park que é um dos melhores parques do Nordeste, sem falar da estrada da Prata que possui uma grande quantidade de buracos que dificulta a trafegabilidade, sendo maior causa dos grandes acidentes ocorridos. A infraestrutura da cidade, obra que se dizia: Saloá totalmente saneada, tornou-se a cidade dos buracos, trazendo transtornos e prejuízos, em especial quando chove a todos do Município.


O transporte escolar é outro calo da população, com os ônibus estão sucateados, já teve dois grandes problemas um no sítio Catimbau e outro no sítio Brejão do Araújo, enfim triplicou-se os gastos e não se ofereceu melhores condições de transportes, sem contar que a empresa contratava proprietários do próprio município, gerando também desemprego.

Concluindo, os vereadores falaram que: “a cidade de Saloá é rica, pessoas extremamente inteligentes, mas se encontra abandonada. “Estamos fazendo o nosso papel, mas o povo com seu poder é quem pode fazer com que nossa cidade viva dias melhores e mais felizes. Quem pensa que a oposição em Saloá tá desunida vai rasgar a boca, acrescentou o vereador José Francisco Curvelo, o Jamelão. A entrevista foi conduzida pelo jornalista Patrick Oliveira.

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