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TURISMO

O Festival de Inverno é de Garanhuns e do povo, não de Raquel Lyra

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Não tenho nenhuma dúvida de que se fizer uma pesquisa em Garanhuns, a partir desta semana, ampla maioria da população vai aprovar que a Prefeitura do Município assuma a responsabilidade pela realização do Festival de Inverno.

Muitos veem como uma briga,  o conflito entre os governos estadual e o municipal, quando na verdade a questão é mais ampla. Trata-se, antes de tudo, de defender o Festival e a própria autonomia de Garanhuns.

Há três décadas, desde que foi criado o FIG, por iniciativa do então prefeito Ivo Amaral, que a Fundarpe é parceira na realização do evento. Acontece que,  ao longo dos anos a Fundação Estadual se tornou a dona do evento.

Não começou com Raquel Lyra. No governo de Jarbas essa situação já tinha se agravado e agora,  com a primeira mulher comandando os destinos do Estado,  chegamos a um estágio de desrespeito total a Garanhuns.

A programação foi anunciada tardiamente e decepcionou 90% dos que acompanham o FIG desde a sua criação. O resultado foi que a Praça Mestre Dominguinhos, principal vitrine do Festival, ficou vazia até em dias que tradicionalmente ficava completamente lotada.

Tirando as noites em que se apresentaram Priscila Senna e Simone Mendes, duas artistas que não têm o perfil dos cantores e cantoras que se apresentam no evento multicultural, não tivemos nem um outro dia de público expressivo.

Quem não lembra de como ficou a Praça Mestre Dominguinhos (antiga Guadalajara), quando das primeiras vezes que vieram à cidade nomes como Fagner, Alcione, Gal Costa, Djavan, Caetano Veloso, Ana Carolina e a Banda Skank?

A Avenida Dantas Barreto, A Rua Barão de Rio Branco, a Avenida Santo Antônio e até parte da Melo Peixoto totalmente tomadas por ônibus que trouxeram turistas do Recife, Caruaru, Maceió, Palmeira dos Índios, Arapiraca e até de cidades mais distantes, como João Pessoa, Natal e Aracaju.

Esse cenário em 2023 desapareceu. Tivemos alguns dias com boa movimentação no Pau Pombo e Parque Euclides Dourado, porém no geral o Festival ficou muito aquém das edições passadas.

Diante dessa situação toda, com a politização da festa com participação do deputado Izaías Régis, o prefeito teve de tomar uma atitude ousada, anunciando que a partir do próximo ano o FIG vai ser organizado diretamente pelo município.

E o governo que atrasou tudo, que demorou a definir a data, que inclusive mudou a data do Festival já perto do evento começar, em resposta à atitude corajosa e necessária de Sivaldo Albino, resolveu fixar os dias do Festival de Inverno de 2024 com um ano de antecedência.

Ora, insisto que não devemos encarar esse conflito como uma briga, uma disputa política. Trata-se aqui de defender Garanhuns. E Sivaldo, alguns gostem ou não está em sintonia com o sentimento da população da Suíça Pernambucana.

Antes de anunciar sua decisão, o prefeito consultou os comerciantes, os lojistas, os donos de hotéis, os proprietários de bares e restaurantes e também os ambulantes. Ouviu seus secretários, consultou o setor jurídico. E ninguém pense que o gestor não está embasado na Lei. Está sim, até a patente com o nome Festival de Inverno de Garanhuns foi providenciada.

Se a governadora Raquel Lyra quer mostrar que é a tal, por ocupar o mais importante cargo do estado, terá de passar por cima da legalidade, assinar decretos antipáticos à população de Garanhuns e do Agreste, passar por cima de uma cidade de 142 mil habitantes.

O prefeito não quer briga, não deseja conflito, sua intenção ficou clara no seu pronunciamento: o objetivo não é peitar a governadora, se colocar acima de sua autoridade. O  que se quer é autonomia, respeito, organização, de modo que seja possível no próximo ano realizar um Festival de Inverno à altura de suas tradições.

Diante dessa realidade, é importante que o povo de Garanhuns se manifeste, não a favor de Sivaldo ou Raquel, e sim pela sua cidade, pelo FIG, pela cultura, para não permitir que apequenem nossa terra e seu maior evento.

Que a CDL, os sindicatos, os artistas, os produtores culturais, os universitários, os empresários que foram consultados pelo prefeito, até as igrejas, digam que estão com Garanhuns.

A cidade não pode ser afrontada pela ambição política do ex-prefeito e o autoritarismo de uma governante que não dialoga com professores, com motoristas, com policiais, com profissionais de saúde e mesmo com os prefeitos.

O Festival de Inverno é de Garanhuns, não vamos permitir golpes para tirá-lo de nós!. Fonte: Blog do Roberto Almeida

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